Por que eu escrevo romance?
É uma coisa engraçada. Cerca de seis anos atrás, eu nem acreditava no amor, e com certeza não acreditava em finais felizes. Oh meu Deus, você deveria ter visto o quanto eu revirava os olhos quando ouvia falar de filmes ou livros de romance.
Foi uma jornada e tanto para chegar aonde estou: feliz, saudável, acreditando no amor verdadeiro e uma autora de romances que absolutamente adora seu trabalho.
Minha história não é tão diferente da de qualquer outra pessoa.
Meus pais se divorciaram quando eu tinha cinco anos. Meu primeiro amor me traiu. Minha primeira profissão me ensinou que eu era dispensável. E meu primeiro casamento? Bem ... foi confuso.
Todos os relacionamentos que já tive - exceto o relacionamento com minha mãe, com o qual tive muita sorte - foram quebrados na melhor das hipóteses e totalmente nocivos na pior das hipóteses. Quando eu tinha trinta e dois anos, deixei meu marido, o pai dos meus dois filhos, e jurei que nunca mais teria um relacionamento sério. Os primeiros trinta anos da minha vida me ensinaram que a única coisa que eu podia contar em relação a outras pessoas, era que iriam me usar e me deixar. Era melhor ficar sozinha. Eu criaria meus filhos e passaria o resto da minha vida sozinha porque... bem... você já entendeu. ;)
E então, com uma enorme série de coincidências, conheci uma pessoa. Nos conhecemos na internet e eu tinha tanta certeza de que esse homem era diferente de qualquer outro que já conheci que cancelei nosso primeiro encontro. Eu não estava disposta a me apaixonar, e eu sabia que esse cara viraria minha vida de ponta-cabeça em questão de segundos. Inferno... nós nem tínhamos nos conhecido ainda e eu já estava meio apaixonada por ele.
Seis semanas depois, entrei em contato novamente. Duas semanas depois disso, tivemos nosso primeiro encontro...
...e minha vida nunca mais foi a mesma.
Nem sei dizer quantas conversas tive com minha mãe nos primeiros trinta e dois anos de minha vida. Eu chorava e chorava e dizia a ela que a única coisa que eu queria era ser feliz. Pensei que estava quebrada. Essa felicidade estava além de mim e o melhor que eu poderia esperar era 'não estar triste'.
Estou tão feliz agora que não sei o que fazer comigo mesma.
O que mudou? Eu conheci um homem que é igualmente forte e gentil. Um homem que está disposto a brincar comigo em um momento e ter discussões sérias sobre política, TV, livros ou o estado geral do mundo no momento seguinte. Ele é a primeira pessoa a me ver pelo que eu sou e não pelo ele quer que eu seja. A primeira pessoa a ver todas as coisas estranhamente maravilhosas que fazem de mim quem eu sou e dizer 'meu Deus, eu amo o jeito que você pensa'. Ele me aceita e me ajuda nas horas difíceis. Ele me faz sentir segura sem ser dominador...
E agora, devoro romances como se fossem oxigênio e choro com todos os finais felizes.
Eu sei que existem tantas mulheres por aí como eu antes do Sr. Maravilhoso. Mulheres que dão, dão, dão e recebem tão pouco em troca. Mulheres que ouvem que não são suficientes ou que são demais. Mulheres que lutam para colocar um pé na frente do outro e anseiam pelos dias em que simplesmente 'não estarão tristes'.
Por que agora escrevo romance?
Porque quero compartilhar esses finais felizes. Porque quero que as pessoas saibam que o amor verdadeiro é real e que em algum lugar existe alguém que não é perfeito, mas é perfeito para elas. Eu sei que um livro não é suficiente para fazer isso porque ficção é ficção e a vida real é uma fera totalmente diferente. É por isso que sou tão honesta sobre quem sou e onde comecei.
O verdadeiro amor existe. É uma mudança de vida. E eu quero que o mundo inteiro experimente um dia.
- Abby Brooks